quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os Benefícios da Fé

A fé tem grande importância na relação entre Deus e o homem. Sem a mesma não é possível haver comunhão com o Criador, nem receber dele as suas bençãos. Sem fé é impossível agradar ao Senhor e motivá-lo a concedernos as Suas bênçãos. Sem fé ninguém ouvirá a Sua voz, nem será um discípulo fiel. A fé é o elemento mais importante para alguém ser feliz.

Alguém disse que “a verdadeira fé é o meio termo entre a rapidez com que alguém precipitadamente crê e a pertinácia em não crer senão no que se pode demonstrar pela razão”. E santo Agostinho diz que “a fé é crer no que não vemos, e a recompensa desta fé consiste em ver o que cremos.” Fé é ver o que não temos para ter o que não vemos.

Muitas pessoas alegam não ter fé por não observarem fatos convincentes. Na realidade não têm fé porque não escutam a Palavra de Deus. A mesma foi escrita para crermos que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo tenhamos a salvação. Quem ouve e lê a mensagem da Bíblia recebe a fé suficiente para desfrutar as maravilhosas bênçãos do Céu.

Há três fatores importantes para a felicidade: As Sagradas Escrituras, a Graça de Deus, e a nossa Fé.

A vida física depende de vários fatores como: alimento, energia, exercício e repouso. A vida espiritual segue a mesma norma, embora conte com outros fatores importantes:

O cristão vive pela fé, fortalece o espírito na fé, exercita-se na fé e serve pela fé.

Primeiro, fé implica confiança no caráter de Deus. Pelas Sagradas Escrituras sabemos que Deus é santo, justo e bom. Ele é fiel às suas promessas. Por isso, a fé confidencia com Deus sobre os problemas pessoais, por mais difíceis que pareçam. Certo centurião romano, que confiava no poder de Jesus, confidenciou-lhe a necessidade do seu servo e como reconhecia a Sua autoridade. “Jesus, ouvindo isso, admirou-se e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: Eu vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.” (Lc 7:9).

Segundo, fé implica confiança na provisão de Deus. Encontramos uma ilustração exemplar no relato de Gênesis 22, que apresenta a fé de Abraão na provisão de Deus:

“Então disse Isaque a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos.” (Gn 22:7,8).

Na hora do sacrifício Deus impediu Abraão de imolar Isaque e supriu aquela necessidade com um cordeiro preso num arbusto ao lado. Em resultado dessa provisão, Abraão chamou àquele lugar ‘Iavé Jiré’ que significa ‘Deus proverá’.

A fé arrisca-se a coisas difíceis, assim como consta na Galeria dos Heróis da Fé no livro de Hebreus capítulo onze.

Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.

Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus.

Igualmente, Paulo confiava nas riquezas do seu Deus para suprir as necessidades dos que creem, como está escrito: “O meu Deus suprirá todas as vossas necessidades, segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus.” (Fl 4:19).

Terceiro, a fé implica confiança no amor de Deus. E este amor é melhor definido pelo vocábulo grego ‘ágape’ porque é o amor da entrega, do sacrifício pelo outro. Isto foi demonstrado por Deus, ao entregar o Seu único Filho por nós em sacrifício para que, mediante a fé Nele, possamos viver isentos de pecado e sem condenação. Como está narrado em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

E, se nos deu o Filho, como nos não daria também todas as boas coisas?! “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? (Rm 8:32).

A fé persevera na esperança, à semelhança da mulher cananéia, e, por esse motivo, a sua ação foi honrada pelo Senhor: “Então respondeu Jesus, e disse-lhe: ó mulher, grande é a tua fé! Seja-te feito como queres. E desde aquela hora sua filha ficou sã.” (Mt 15:28).

A fé é provada na obediência aos mandamentos de Deus e qualquer coisa que lhe pedirmos dele a  receberemos, como João escreveu: “e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista.” (1 Jo 3:22).

Quarto, a fé implica servir a Deus incondicionalmente. A fé manifesta-se no serviço feito em nome de Deus e para glória de Deus. Como diz Tiago: “Que proveito há, meus irmãos, se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? (Tg 2:14). E continua com uma ilustração muito prática: Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? Assim também a fé, se não tiver obras é morta em si mesma.” (Tg 2.15-17).

Por conseguinte, podemos dizer que fé é confiar no caráter imutável de Deus, na sua provisão, no seu amor e servi-Lo incondicionalmente, fazendo tudo em Seu nome e para sua glória, como prova da nossa fé. Isto agrada a Deus e é fonte de provisão contínua.


Texto adaptado de: As Minhas Memórias - Constantino Ferreira (Cap. 6 Pás. 32)

quinta-feira, 31 de março de 2011

Os inimigos da Fé: A preocupação

A preocupação leva a pessoa a um estado de espírito que não condiz com o comportamento cristão.


A palavra “preocupação” é a junção de duas outras: “pré+ocupação”, e significa ocupar antes, no sentido de se ocupar com algo ou alguma coisa antes que aconteça. De acordo com a Palavra de Deus, a preocupação provoca inquietação e ansiedade.

O Senhor Jesus ensinou que Seus discípulos não deveriam se preocupar com o dia de amanhã, porque, se crêem em Deus, devem ter a confiança de que Ele é capaz de suprir todas as suas necessidades. Quando Ele ensina que Deus alimenta as aves dos céus e que qualquer um dos Seus seguidores não pode acrescentar uma medida à sua estatura, estava chamando a atenção para o fato de que esse tipo de espera e confiança em Deus não caracteriza ociosidade, mas falta de ansiedade.

A resposta do Senhor Jesus é que Deus, o Pai, é a fonte de todo o bem de que necessitamos e que Ele está constantemente zelando por nós a fim de que nada nos falte. “Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não andeis preocupados”. (Lucas 12.29).

A preocupação perturba nossas condições psicológicas e pode até ser a causa de doenças. Quando não é diretamente destrutiva pode, no mínimo nos transformar em covardes, pois, preocupados com esse ou aquele desfecho, às vezes nos faz calar ou nos bloquear, nos impedindo de tomar certas atitudes. “Quando, pois, vos conduzirem para vos entregar, não vos preocupeis de dizer; mas o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós que falais, mas sim o Espírito Santo”. (Marcos 13.11).

Por menor que seja o efeito da preocupação, ele é extremamente nocivo. No mínimo, não serve para nada, não tem nenhuma finalidade e nada apresenta de positivo, nem mesmo no sentido intelectual ou no campo do conhecimento. Há muitas pessoas, por exemplo, que se dedicam a examinar filosofias, doutrinas e práticas religiosas, preocupadas com o que seria melhor para Deus, ou desconfiadas se a fé que professam está mesmo dentro da verdade.

Esse tipo de preocupação só é relativamente válido para quem não conhece a Palavra de Deus ou ainda não teve uma experiência pessoal com o Senhor Jesus, mas para estes últimos a graça de Deus é suficiente: “Não vos deixeis levar por doutrinas várias e estranhas; porque é bom que o coração se fortifique com a graça, e não com alimentos, que não trouxeram proveito algum aos que com eles se preocuparam”. (Hebreus 13.9).

Há também aquele tipo de preocupação com as coisas de Deus, mas no sentido de cuidados com o que perece. É claro que é importante cuidar da igreja, dos objetos do culto, da evangelização, do templo, da administração financeira e funcional das empresas da igreja etc. Mas tudo isso tem que ser feito considerando-se que em primeiro lugar está o próprio Deus e a nossa comunhão com Ele.

No episódio narrado em Lucas 10, o Senhor Jesus foi à casa de Lázaro e lá foi atendido pelas suas duas irmãs, Marta e Maria. Marta, preocupada em agradar a Jesus, possivelmente envolvida com a arrumação da casa e preparação de um lanche ou uma refeição para servir ao Mestre, reclamou com Ele, porque Maria, sua irmã, apenas se deliciava em conversar com Ele e ouvi-Lo. O Senhor Jesus, repreendendo-a, respondeu dizendo que Maria tinha escolhido a melhor parte.

“Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá que minha irmã me tenha deixado a servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude (...), entretanto poucas são necessárias, ou mesmo uma só; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. (Lucas 10.40-42).

O bispo Macedo costuma estabelecer uma escala de prioridades para o cristão; primeiro: Deus; segundo: a família; e terceiro: a obra de Deus. Isso quer dizer que se a pessoa é de Deus, então coloca o Senhor em primeiro lugar na sua vida. Tem gente que vive preocupada com as coisas de Deus (igrejas, templos, objetos etc.) e pensa que isso implica em que Deus esteja em primeiro lugar. Não é assim.

Colocar Deus em primeiro plano significa estar espiritualmente voltado para ele, buscar a santificação e alicerçar n’Ele a fé. Isso acontece no plano espiritual mesmo, e não no fazer ou deixar de fazer coisas.

Quando tudo vai bem nessa área, então vem a segunda, que é a da família, o núcleo essencial de formação do caráter e da sociabilidade do indivíduo. A obra de Deus vai ser feita conseqüentemente e com naturalidade se o homem e a mulher de Deus estiverem bem nessas duas primeiras áreas:

“Buscai antes o Seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas” (Lucas 12.31).

quarta-feira, 30 de março de 2011

Os inimigos da Fé: A confiança no homem

“Assim diz o SENHOR: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jeremias 17.5)

Não se pode viver sem confiar em alguém. As circunstâncias da vida diária freqüentemente nos colocam em situações que temos de confiar em outras pessoas. Quando fazemos uso de um transporte público, como, por exemplo, um ônibus, confiamos que o motorista não irá bater e que nos levará em segurança ao nosso destino.

Quando nos submetemos a uma consulta médica confiamos que o médico avaliará corretamente os sintomas e dará um diagnóstico correto, receitando o medicamento adequado para o quadro clínico apresentado. Quando atravessamos uma ponte, confiamos que o engenheiro que fez os cálculos para a sua construção os executou com precisão e que os construtores utilizaram o traço correto na mistura de cimento, areia lavada, pedra e água, tornando o concreto resistente aos esforços aplicados.

Apesar da nossa confiança, inúmeros são os casos de acidentes de trânsito envolvendo ônibus, táxis e “vans”; diagnósticos médicos errados, os quais resultam até em morte, pontes e viadutos que desabam, porque o ser humano é corrupto, sujeito ao brilho nefasto deste mundo, propenso a falhas, e isso faz parte da sua natureza, advinda da queda. Caso contrário, seríamos todos perfeitos e não necessitaríamos nem mesmo da salvação; o Senhor Jesus teria derramado o Seu precioso sangue em vão e seríamos semelhantes ao Pai.

Quando a Bíblia diz: “maldito o que confia no homem” está se referindo principalmente às questões relativas às coisas de Deus e especialmente à nossa salvação, porque só o Senhor Jesus é capaz disso.

Muitas são as pessoas que confiam em horóscopos, búzios, bolas de cristal, tarô, adivinhadores e prognosticadores e prognosticadores, falsas religiões, métodos e seitas ou até mesmo no pastor ou bispo. Vemos diariamente na televisão pessoas que se dizem capazes de prever o futuro convidando os telespectadores a lhes telefonarem (ou enviar um SMS) para receberem a orientação nas decisões importantes de suas vidas, a um custo superfaturado por cada ligação, esta tem sido uma excelente fonte de renda para esses prognosticadores.

No finais de ano, principalmente, vários praticantes de diversos ramos do espiritismo são convidados a comparecerem em programas de televisão para supostamente desvendarem tudo o que vai acontecer no próximo ano. Alguns lançam até uma nuvem negra sobre a vida de personalidades famosas da sociedade prevendo-lhes a morte.

É notório em todo o mundo que o Senhor Jesus tem operado grandes milagres na vida de muitas pessoas na Igreja Universal do Reino de Deus. Através dos testemunhos divulgados pela nossa mídia muitos tem chegado aos nossos templos e, após terem aceitado o Senhor Jesus como seu Salvador, tem passado pelo novo nascimento e experimentado bênçãos sem par.

Infelizmente existem aqueles, com base nos milagres testemunhados, depositam sua fé na própria Igreja Universal. Outros acreditam que o Senhor só manifesta Seu poder nas reuniões de determinados pastores ou bispos, e há ainda os que crêem que serão abençoados porque “a fé do pastor é muito forte”.

Tudo engano, tudo ilusão. Nossa fé e confiança têm de estar em Deus, conforme nos diz a Sua Palavra: “Bendito o varão que confia no SENHOR, e cuja esperança é o SENHOR. Porque é como a árvore plantada junto às águas, que estende as raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se fadiga, nem deixa de dar fruto”. (Jeremias 17.7-8).